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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Os riscos e vantagens da musculação na adolescência
Folha Vitória
Redação Folha Vitória
Os adolescentes têm se interessado cada vez mais cedo pela musculação, a
atividade física mais popular atualmente. Não é raro ir à academia e
encontrar meninos e meninas, ainda com 11 ou 12 anos, em uma malhação
pesada, todos em busca do sonho de alcançar, o quanto antes, um corpo
“sarado”. Porém, muitos questionamentos estão em torno dessa polêmica.
Afinal, a musculação pode ser praticada ainda na adolescência? Ela
atrapalha o crescimento? Qual atividade física mais indicada para essa
faixa etária?
Há algum tempo, seria unanimidade entre médicos especialistas a
proibição da prática da musculação durante a puberdade. Agora, ao invés
da proibição, eles têm feito uma recomendação aos adolescentes e seus
pais. “A musculação é segura e pode ser muito benéfica se for feita
corretamente. Antes de iniciar seu programa de exercícios, o adolescente
deve passar por uma avaliação médica para determinar objetivos e
restrições nessa atividade física”, recomenda a médica fisiatra da
PróSaúde Ana Claudia Cotta.
Ela conta que com a quebra do paradigma de que a musculação interfere
no crescimento, os pais estão mais conscientes e a recomendação dos
médicos tem aumentado. “A procura tem sido crescente nos últimos anos.
Geralmente, a recomendação médica e a preocupação dos pais acontecem em
virtude do aumento da prevalência e obesidade”, contou Ana.
A fisiatra Cotta alerta que o erro dos adolescentes é, geralmente,
procurar a academia com o principal objetivo de ficar forte, desenvolver
braços e pernas musculosos, e acabam aumentando por conta própria a
carga do exercício ou utilizando aparelhos que não devem. “Segurar os
anseios dos jovens também é fundamental e deve ser prioridade do
profissional responsável. É preciso ter em mente que a musculação não é
proibida, mas deve ser feita dentro dos limites dos adolescentes”,
explicou.
Segundo o professor de musculação supervisionada da PróSaúde William
Licério de Souza, os exercício
melhora o
condicionamento físico e cardiopulmonar, estimula a circulação sanguínea
e o desenvolvimento motor, proporciona musculatura mais saudável, além
de corrigir a postura”.
A idade correta
Entre os especialistas, ainda não há consenso sobre a idade ideal para
iniciar a prática. Para Ana Claudia Cotta, o recomendável é na
pós-puberdade. “Já podem praticar a musculação meninas a partir dos
12-14 anos e meninos a partir dos 14-16 anos de idade”.
William conta que o treinamento físico para adolescentes é baseado em exercícios simples, de menor intensidade e sem carga ou com pesos mínimos. “Como na maioria dos casos eles são iniciantes em musculação, o ideal é ter cautela em relação ao número de séries, carga, exercícios, velocidade de execução e dificuldade dos exercícios, que devem ser baixos inicialmente. É necessário o aprendizado motor através de exercícios mais simples para, posteriormente, inserir os de maior grau de dificuldade”, detalhou.
Raquel Lamas tem 17 anos, mas já pratica musculação desde os 12. “Comecei a fazer musculação há cinco anos, quando descobri que precisava corrigir minha postura. Como consequência, consegui tonificar minha musculatura e melhorar meu condicionamento físico. Hoje eu me sinto muito melhor, não tenho dores musculares”, contou.
Ana Claudia, contudo, faz questão de lembrar que os pais precisam estar
atentos aos filhos. “Se o adolescente começa a demonstrar muito
cansaço, reclamando de dores musculares, pode ser excesso de carga. Se a
alteração da forma física for muito expressiva em um curto período,
pode ser que haja o uso de anabolizantes. É importante ficar de olho!”,
atenta a médica fisiatra.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Alimentação para fisiculturistas
O
crescimento muscular está diretamente relacionado com o tipo de
alimentação, controle hormonal e a prática do exercício físico. Uma vez
que, nutricionalmente, caracteriza-se pela retenção de nitrogênio, e,
nesse contexto, a síntese proteica é um fator relevante, assim como
também o são os substratos energéticos (carboidratos e gorduras) e os
micronutrientes que auxiliam em todo esse processo.
O processo de hipertrofia ocorre quando a taxa de síntese proteica muscular excede a taxa de degradação, acarretando um saldo positivo do balanço proteico muscular. A duração do aumento deste saldo é desconhecida, contudo, a síntese proteica muscular pode permanecer por até 48 horas pós-exercício.
A alimentação do fisiculturista deve conter quantidades adequadas de proteína, gordura, carboidratos, vitaminas, minerais e água.
O processo de hipertrofia ocorre quando a taxa de síntese proteica muscular excede a taxa de degradação, acarretando um saldo positivo do balanço proteico muscular. A duração do aumento deste saldo é desconhecida, contudo, a síntese proteica muscular pode permanecer por até 48 horas pós-exercício.
A alimentação do fisiculturista deve conter quantidades adequadas de proteína, gordura, carboidratos, vitaminas, minerais e água.
Proteínas
A ingestão de proteínas é uma das maiores preocupações, já que este é o nutriente responsável pela construção dos músculos. A presença de todos os aminoácidos essenciais (em quantias adequadas em um alimento) irá formar uma proteína completa, e só ela garantirá a manutenção da saúde e crescimento. Proteínas completas são encontradas na carne, ovos, leite, peixe, enfim, proteínas de origem animal. A recomendação diária pelo RDA (E. C. Recommended Daily Allowance) para uma pessoa normal é de 0,8 gramas de proteína por quilo de peso ao dia (0,8 g/Kg dia). Uma pessoa, seguindo um programa de treinamento intenso, poderá ter suas necessidades proteicas aumentadas em 1,5 – 2,0 g/Kg dia. Porém, em se tratando de um fisiculturista que treine intensamente e faça uso de farmacológicos, esta necessidade subirá para 3,0 – 4,0 g/Kg dia.
Carboidratos
Durante o dia devem ser consumidos carboidratos com baixo índice glicêmico para a manutenção de energia na corrente sanguínea, evitando a oscilação dos níveis de insulina (que contribuem para episódios de fome fora de hora, armazenamento de gordura e hipoglicemia). São alimentos com baixo índice glicêmico: batata, arroz integral, macarrão, milho, frutas, etc. Pesquisas demonstram que até 90 minutos após o término dos exercícios o corpo tem uma extraordinária capacidade de absorver nutrientes. Nessa fase, elevar os níveis de insulina é bastante conveniente para que se possa aproveitar todo o seu efeito anabólico e anticatabólico. Logo após o treino deve-se optar por carboidratos com alto índice glicêmico juntamente com alguma fonte proteica, evitando-se gordura. Está formula é fundamental para a explosão da insulina, pois direciona os aminoácidos para o músculo, para o crescimento muscular.
Deve-se evitar as gorduras ruins (saturadas e trans) que são encontradas nas carnes, alimentos industrializados, bolos, bolachas, creme de leite, batata frita, sorvete, salgados folhados, etc. substituindo-as pelas gorduras essenciais que estão nas oleoginosas, tais como: castanhas e nozes, sementes, óleos de peixe e óleos vegetais não processados. As gorduras essenciais aumentam a queima de gordura corporal, baixam o colesterol plasmático, produzem energia, transportam oxigênio, aumentam a sensibilidade à insulina, produzem hemoglobina e prostaglândinas (hormônios).
Os fisiculturistas, assim como os demais atletas,
podem ter as necessidades de vitaminas e minerais aumentadas, sendo
conveniente a utilização de suplementos.
Atenção especial:
-Vitamina C: possui um efeito anticatabólico. Ela controla um hormônio chamado cortisol (catabólico), que é liberado quando a pessoa passa por uma situação de estresse ou durante exercícios físicos intensos. Este hormônio é antagonista à testosterona (anabólico). Aumentando-se a ingestão de vitamina C, controlamos a produção de cortisol para que a testosterona seja totalmente aproveitada para o crescimento muscular. Fontes naturais são as frutas cítricas (limão, laranja, acerola, etc.) e verduras como o pimentão verde, brócolis e espinafre.
-Vitamina B6 ou piridoxina: está diretamente relacionada com o metabolismo dos aminoácidos, ou seja, quanto mais proteína você ingere mais vitamina B6 você necessita. A recomendação diária é baseada numa ingestão média de proteína por uma pessoa normal (0,02 mg B6/grama de proteína). Fontes naturais são carnes (de porco, principalmente), leguminosas, verduras frescas e cereais integrais.
Suplementação de proteínaAtenção especial:
-Vitamina C: possui um efeito anticatabólico. Ela controla um hormônio chamado cortisol (catabólico), que é liberado quando a pessoa passa por uma situação de estresse ou durante exercícios físicos intensos. Este hormônio é antagonista à testosterona (anabólico). Aumentando-se a ingestão de vitamina C, controlamos a produção de cortisol para que a testosterona seja totalmente aproveitada para o crescimento muscular. Fontes naturais são as frutas cítricas (limão, laranja, acerola, etc.) e verduras como o pimentão verde, brócolis e espinafre.
-Vitamina B6 ou piridoxina: está diretamente relacionada com o metabolismo dos aminoácidos, ou seja, quanto mais proteína você ingere mais vitamina B6 você necessita. A recomendação diária é baseada numa ingestão média de proteína por uma pessoa normal (0,02 mg B6/grama de proteína). Fontes naturais são carnes (de porco, principalmente), leguminosas, verduras frescas e cereais integrais.
No mercado existem diversos suplementos proteicos,
tais como: albumina de ovo, caseinato de cálcio, proteína hidrolisada
de soja, whey protein (proteína do soro do leite), etc. Essas
proteínas possuem diferentes graus de retenção de nitrogênio no
organismo, sendo que a whey protein possui este grau mais
elevado, sendo, portanto, de melhor qualidade e de mais rápida absorção.
Seu consumo é indicado após o treino e no início da manhã, quando a
reposição de aminoácidos faz-se necessária. Em seguida, escolhem-se as
outras proteínas hidrolisadas (pré-digeridas) e por último as proteínas
concentradas (caseína e a albumina), que são proteínas brutas e podem
ser utilizadas antes de dormir para garantir um aporte proteico durante
o sono.
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